Prefeita de Cabo Frio privatiza Praça do Moinho, no Peró

Parque de diversões que cobra R$ 8 por ingresso foi instalado no local e gera indignação nos moradores

A instalação de um parque de diversões na Praça do Moinho, no bairro Peró, em Cabo Frio, elevou os ânimos da população nesta terça-feira (28). Isso, porque o espaço, que é público, conforme denúncias, basicamente foi privatizado. A reportagem do O Dia esteve no local e verificou que a situação está tão crítica que, para caminhar pelo espaço, os moradores precisam passar por cima dos bancos.

A Praça do Moinho é a única do bairro em boas condições. Segundo relatos, o local, que conta com uma feira de artesanato e uma área de alimentação, costuma receber milhares de pessoas, principalmente durante o período da noite. Além disso, os números tendem a aumentar neste fim de ano, por conta da chegada das férias escolares e do verão. De acordo com informações recebidas pelo O Dia, a instalação do parque na localidade, que cobra R$ 8 por ingresso, justamente neste período, causou estranheza, tendo em vista que a situação é inédita.

A reportagem do Dia foi até o local e encontrou um clima de revolta, principalmente por parte dos moradores, que demonstravam indignação pelo fato do espaço estar completamente “tomado”. Um residente do bairro, identificado como Gerson, declarou que a situação de Cabo Frio, “a cada dia que passa, está piorando”, enfatizando que, há 11 anos, saiu de Minas Gerais para morar no Peró e que, até então, nunca havia presenciado algo do tipo.

Além dos moradores, representantes da prefeitura também estavam no local. Os que permaneceram, um grupo de homens, tentaram intimidar, assediando moralmente a jornalista para que os fatos não fossem apurados. Enquanto isso, um deles questionava aos comerciantes do entorno, em tom de sugestionamento, “quem seria contra a instalação do parque privado”.

Um dos assessores afirmava que o local possuía alvará de funcionamento concedido pela prefeitura, o que provocou enorme estranheza, já que trata-se de uma área pública e único lugar de lazer dos moradores do bairro.

Ele apresentou, posteriormente, alvará transitório, válido até o mês março de 2024. O documento foi assinado por Antônio Carlos Saraiva Gomes, fiscal fazendárioda Secretaria de Fazenda, e por Valdeci Maria de Jesus, que também atua na pasta.

Conversando com pessoas que estavam no local, surgiram boatos de que o parque de diversões pertenceria à prefeitura ou à prefeita Magdala Furtado. O Dia entrou em contato com o município e questionou o fato, que foi prontamente negado.

Os moradores também denunciaram o fato dos brinquedos serem velhos e perigosos. Um exemplo mencionado foi a roda gigante, estrutura que está sendo sustentada por ripas de madeira. Inclusive, durante a montagem dos equipamentos, foi observado pela reportagem que os funcionários não portavam equipamentos de segurança, utilizando apenas bermuda e chinelos de dedo.

Fonte: @odia

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