Antes um ambiente privado restrito a um dos maiores nomes da antropologia brasileira, a casa de Darcy Ribeiro em Maricá, no Rio, passou por uma reestruturação e foi transformada num museu para não apenas relembrar, mas fazer ecoar neste século a produção do pensador, morto no final da década de 1990. Lembranças do seu diário, fardão da Academia Brasileira de Letras, fotografias de diversas etnias indígenas conversam com a produção cultural tanto da época quanto a contemporânea, como o funk, hip hop, instalações audiovisuais imersivas e até entrevistas podcast.
O imóvel, projetado pelo renomado arquiteto e amigo de Darcy, Oscar Niemeyer, fica na Praia de Cordeirinho e foi adquirido pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar). Nos últimos anos, um minucioso trabalho de pesquisa e museografia ficou a cargo do artista Gringo Cardia. Inaugurado em junho, o espaço tem exposições permanentes com visita guiada, espaços de convívio, gravação de podcasts e cursos sobre a cultura brasileira e a produção de Darcy Ribeiro. Tudo gratuito.