Na última sexta-feira (30), uma ação do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), em parceria com a Marinha do Brasil, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e Instituto BW, efetuou a soltura de dezenove pinguins-de-Magalhães (Spheniscus magellanicus), a 84 km da costa da cidade do Rio de Janeiro.
Os animais estavam sob os cuidados do Instituto BW, um centro de recuperação de animais silvestres localizado em Araruama, após terem encalhado na costa norte fluminense entre os meses de julho e agosto.
Os pinguins chegaram ao centro de recuperação em estado de saúde delicado. Muitos estavam debilitados, hipotérmicos, com parasitas e apresentando patologias pulmonares. No Instituto BW, receberam cuidados de hidratação, aquecimento e medicação, além de exames laboratoriais e de imagem. Do grupo inicial, que incluía dezenas de animais, alguns não conseguiram sobreviver.
Os dezenove animais continuarão o processo migratório em direção ao Sul do continente, na região da Patagônia Chilena e Argentina. Como a fase de vida dos pinguins atualmente é propícia para a migração, eles foram reintroduzidos na natureza em uma corrente oceânica quente do Atlântico Sul, cujo movimento é paralelo à costa brasileira, em direção às colônias reprodutivas da espécie.
Segundo informações do Inea, a localização exata do local da soltura foi realizada em parceria com o Inpe, que já auxiliou outras instituições no mesmo procedimento. O Grupamento de Navios Hidroceanográficos (GNHo) da Diretoria de Hidrografia e Navegação da Marinha foi o responsável pelo transporte seguro em alto mar dos animais. A embarcação para a missão foi o Navio AvPqHo Aspirante Moura (H11), incorporado pela diretoria em 2018 e construído em 1987.