Apenas os brinquedos representam 6% dos acidentes de consumo no Brasil. Sistemas de metrologia ajudam fabricantes a garantir a qualidade, medindo a qualidade e segurança de cada produto conforme normas e regulamentos
Na hora de fazer as compras de Natal, é preciso atenção para as normas de qualidade e segurança dos produtos. Este assunto, apesar de ser de extrema importância, ainda não é levado a sério pela maioria dos consumidores. Uma pesquisa feita pelo Núcleo de Inteligência e Pesquisas da Escola Paulista de Defesa do Consumidor do Procon-SP, com 991 pessoas, evidenciou que 74% delas não consideram certificados, como o do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia), uma prioridade na hora de comprar. Quando o assunto é brinquedo, por exemplo, quase 20% dos participantes afirmaram que sempre adquirem produtos sem o selo. Outros 27% não sabem se os brinquedos que compram são certificados, pois não costumam observar.
A falta de cuidado com o assunto faz com que o mercado nacional confirme acidentes, muitas vezes fatais. Dados do relatório do Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (Sinmac) de 2022 mostram, por exemplo, que os brinquedos representam 6% dos 70 relatos de acidentes do gênero no Brasil. Apesar da diminuição de um ponto percentual em relação ao ano anterior, o número ainda acende um alerta para que os pais fiquem atentos no momento de comprar qualquer produto para os pequenos.
Segundo Neville Fusco, CEO do Metroex, empresa de tecnologia de soluções em metrologia, os produtos comercializados no Brasil, nacionais ou importados, devem conter o selo de conformidade do INMETRO. Isso vale especialmente quando se trata de produtos destinados às crianças.
“A exigência dá ao consumidor a segurança de que o produto foi avaliado em diversos itens de segurança e qualidade nos laboratórios acreditados pelo CGCRE/INMETRO”, sublinha.
Os ensaios e testes incluem itens como impacto e queda, no caso de risco de formar pontas cortantes e agudas; mordida, quando o brinquedo tem partes pequenas que podem ser levadas à boca; composição química para os casos de haver metais nocivos à saúde como o chumbo; inflamabilidade, quando há risco de combustão em contato com o fogo; e ruído, no caso dos níveis sonoros acima dos limites estabelecidos pela legislação.
O CEO do Metroex conta que, para assegurar a qualidade de tudo que chega ao consumidor, existe a metrologia legal. “Esta ciência assegura a confiabilidade nos sistemas de medição e garante que especificações técnicas, regulamentos e normas existentes sejam cumpridas”.
A Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade, presente em cada estado, por meio de órgãos delegados pelo INMETRO, efetua o controle de equipamentos e instrumentos para assegurar que os consumidores estão recebendo medidas corretas.
Para apoiar estas medições, o mercado já possui tecnologias que automatizam a gestão de qualidade e operação em laboratórios prestadores de serviço, como também no controle de qualidade das indústrias. O software do Metroex, por exemplo, permite a gestão dos equipamentos, registro de resultados, avaliação automática da conformidade, entre outras funcionalidades fundamentais para a operação consistente em um laboratório ou na indústria.
“Com a capacidade de controlar todos os aspectos da operação de um laboratório, a tecnologia diminui o risco de decisões equivocadas relacionadas à conformidade de produtos, matérias-primas e processos. Além disso, as informações ficam em apenas um lugar, ficando fácil de projetar, desenvolver e realizar ensaios, salvar e comparar dados”, diz Fusco.
Dessa maneira, em épocas em que a produção aumenta significativamente, o fato de um fabricante contar com uma tecnologia que minimiza erros e proporciona agilidade aos processos de metrologia se torna fundamental.
“Isso é importante não apenas para evitar pesadas multas que podem ocorrer devido a erros de medições, mas também para garantir a eficiência operacional durante períodos de alta demanda”, observa o CEO. “Além disso, o sistema favorece a rastreabilidade e segurança de informações, como histórico de produção, volume de retrabalhos, qualidade de produtos e processos e resultados de ensaios e testes”, complementa.
Para o especialista, o uso de tecnologia habilita resultados e permite o alcance de novos patamares de processos e gestão. “São muitos os clientes que melhoraram seus processos, otimizaram resultados e obtiveram aprovação junto ao CGCRE/INMETRO com a tecnologia Metroex. Mas, acima de tudo, conseguiram estabelecer uma operação consistente além de conquistar mais negócios”, finaliza.