Como as Redes Sociais Influenciam o Cérebro: A Química por Trás do Vício em Likes

 O uso excessivo das redes sociais, marcado pela incessante busca por likes, não é apenas um comportamento, mas uma resposta química do cérebro, alerta o diretor científico da Associação Americana de Psicologia, Mitch Prinstein. As redes sociais ativam áreas cerebrais relacionadas ao vício, proporcionando uma sensação de “quero mais”, comparável à ativação provocada por substâncias ilegais.

Essa atração constante pelas redes é especialmente pronunciada durante a adolescência, período em que o cérebro desenvolve uma maior capacidade de resposta à dopamina e oxitocina. Prinstein destaca que a mídia social capitaliza essa mudança biológica, oferecendo uma plataforma para buscar interações 24/7, o que, segundo ele, é “perigoso”, pois foge do modo tradicional de interação humana.

O sociólogo Enrique Pumar complementa, enfatizando que as redes sociais conhecem os usuários por meio de algoritmos, fornecendo conteúdo personalizado para prolongar o tempo de permanência. Ele argumenta que o vício em redes sociais é uma expressão da necessidade social de nos interessarmos pelos outros, formando assim nossa autoestima e identidade.

Apesar dos riscos associados ao uso descontrolado das redes, especialistas como o psiquiatra Paul Croarkin destacam que nem todo uso é prejudicial. No entanto, é essencial estar atento aos sinais de possíveis problemas, como dificuldade em controlar o uso, irritabilidade quando impedido de acessar e impacto negativo na vida cotidiana.

Além disso, Croarkin alerta sobre os perigos do uso viciante de redes sociais, que pode contribuir para problemas emocionais, depressão e diminuição das interações face a face. Ele destaca que, embora a mídia social tenha proporcionado conexões globais, paradoxalmente, tem reduzido as interações físicas.

A matéria ressalta a importância de diferenciar entre o uso excessivo e o vício em redes sociais, oferecendo sinais de alerta, como a incapacidade de parar, irritabilidade e impacto na saúde mental. Além disso, apresenta dicas para controlar o uso excessivo, incluindo estabelecer limites de tempo, identificar fatores desencadeantes e praticar a higiene do sono.

Em meio às preocupações crescentes sobre os impactos das redes sociais na saúde mental, a matéria conclui enfatizando que não se trata de demonizá-las, mas de aprender a utilizá-las de maneira saudável. Dicas práticas são oferecidas, desde registrar o tempo de uso até aumentar as interações pessoais fora do mundo virtual.

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